Minha primeira professora me ajudou a enxergar a beleza da vida e achei que o texto é um bom lugar para guardá-las. por isso escrevo livros, por isso ando por aí numa kombi para espalhar belezas tentar ajudar as pessoas a enxergá-las dentro e fora dos livros.  E nessa mistura de significado e beleza fui conquistada pelo mundo das palavras. Hoje já não sei se faço parte desse mundo ou se é esse mundo que faz parte de mim. Não importa.

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O que sei é que me tornei escritora e busco construir ideias e belezas nos textos que escrevo. Desde o início já foram 38 livros físicos e digitais. E alguns textos inclusos em antologias com outros escritores, publicados por várias editoras.

Hoje tenho muitas ideias na cabeça e depois dos meus  cinquenta anos aprendi a esperar até que virem histórias prontas, belas e emocionantes. Por isso gosto de conversar mais do que tudo. As pessoas têm histórias incríveis nas suas vidas. E a vida é tão interessante que, às vezes, as pessoas nem pensam sobre isso. Deixam as histórias ali, dormindo.

Cada história que vira livro, eu acho, deve ser uma síntese de muitos pensamentos, a conclusão de muitas etapas, a concentração de muitas conversas, a união de muitas leituras. Por isso um texto demora tanto para virar livro. Para chegar inteiro dentro leitor. Por isso é linda essa profissão de acordar histórias adormecidas por aí.

É isso: sou uma acordadora de histórias. E pronto. Além desses pensamentos e livros, também fiz outras coisas desde que comecei a escrever: estudei magistério, depois letras, depois psicopedagogia, depois me encantei com estudantes de todas as etapas do ensino, da educação infantil ao ensino superior.

De tanto conversar por aí, virei uma speaker da TEDx Unissinos, o que me deixou muito feliz. E agora sigo uma caminhada recheada de brincadeiras e histórias de ler, escrever e contar. Descobri que contar é um jeito de deixar de ser um numero. Parece estranho isso, mas é isso mesmo.